No Silêncio dos Túmulos
Ao fim daquelas tardes tão sombrias
Eu te esperava num marmóreo abrigo,
E, tu chegavas dentre algum jazigo
De passo em passo; e pulcra me sorrias.
Se me recordo o livro que trazias
Por entre aquelas alvas mãos, contigo;
Sentavas — minha amada — aqui comigo
E aqueles versos lúgubres tu lias...
Eu contemplando ouvia enternecido,
A sair do teu lábio enegrecido
A consonância de um som tão etéreo,
Que hoje, pareço estar inda escutando,
A tua voz melíflua recitando:
“O mar é triste como um cemitério!”
Ao fim daquelas tardes tão sombrias
Eu te esperava num marmóreo abrigo,
E, tu chegavas dentre algum jazigo
De passo em passo; e pulcra me sorrias.
Se me recordo o livro que trazias
Por entre aquelas alvas mãos, contigo;
Sentavas — minha amada — aqui comigo
E aqueles versos lúgubres tu lias...
Eu contemplando ouvia enternecido,
A sair do teu lábio enegrecido
A consonância de um som tão etéreo,
Que hoje, pareço estar inda escutando,
A tua voz melíflua recitando:
“O mar é triste como um cemitério!”
Derek S. Castro
Agosto de 2011
Agosto de 2011
Que pagina maravilhosa...aqui quero voltar sempre.
ResponderExcluirLindo poeta, ficou lindo...
ResponderExcluirBelo soneto meu caro amigo ,como sempre arrebenta, principalmente nestes temas lúgubres, meus parabéns. Sérgio.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMeu amigo, essa alma soturna encanta através de sagradas letras.
ResponderExcluirDeposito neste jazigo estas flores:
"Com dores n’alma adentrei ao sacro recinto
E ouço murmúrios solitários nesta necrópole,
Sair de tua boca como uma oração de Cristo
Mas ao recordar, que tu'alma não perece
E dentro do peito as marcas dos meus conflitos
Me junto à tu’alma, recitando mais esta prece..."
Um abraço, e sempre que possível, estarei por aqui para meditar.
Lindo... Estou sentindo falta de suas postagens no recanto! Beijos.
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