Flores Mortas
Junto das pequeninas mãos unidas,
— Que um místico rosário as envolvia —
Flores primaveris recém-colhidas,
Formavam uma fúnebre harmonia.
As frágeis pálpebras adormecidas,
Magoadas de uma roxa cor sombria,
Lembravam duas pétalas caídas
Enfatizadas sobre a face esguia.
Trajada com requinte, em renda e linho,
Opacos véus azuis, com sutileza
Pairavam sobre o féretro de pinho,
Que pondo-se a fechar, em trágica hora,
Guardava aquela angélica pureza,
Como um crepúsculo cobrindo a aurora.
Derek S. Castro
23 de Julho de 2011
*Reescrito em Outubro/Novembro de 2023.
Neste vesperal fastioso
ResponderExcluirleio este iluminado poema
limpando meu olhar da poluição
das ruas,das imagens sujas vistas
da janela,na solidão de outro domingo
parebéns grande poeta,sempre com belos versos
que me aquecem profundamente
Uau! Até assustei com o blog... hahaha. ;)
ResponderExcluirNão atualizo tanto os meus por isso nem peço que visites, mas se quiser ler algo antigo, fique à vontade. Quanto aos seus poemas, nem preciso comentar, né?? Beijo, Victória Freitas.
ESTE É UM DOS MAIS TRISTES QUE TEM, E UM DOS QUE MAIS GOSTO, ENCANTADO, MEU CARO AMIGO.
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