terça-feira, 23 de agosto de 2011


Flores Mortas

À Maria Elizabeth

Junto do leito em que ela adormecia,
Por entre as pequeninas mãos unidas,
Um sudário de flores fenecidas
Por sobre o corpo frágil a encobria;

Tão branca feito a neve pura e fria,
Tinha ao rosto as feições enlanguescidas;
Os olhos eram joias esculpidas,
Cerrados em profunda letargia.

Em meigos rendilhados, claros véus,
Em azuis tão celestes como os céus,
As suas formas eram revestidas.

No áureo esquife dos últimos amores,
Ela dormia dentre as murchas flores,
— Era a rosa entre as rosas falecidas!

Derek S. Castro

3 comentários:

  1. Neste vesperal fastioso
    leio este iluminado poema
    limpando meu olhar da poluição
    das ruas,das imagens sujas vistas
    da janela,na solidão de outro domingo
    parebéns grande poeta,sempre com belos versos
    que me aquecem profundamente

    ResponderExcluir
  2. Uau! Até assustei com o blog... hahaha. ;)
    Não atualizo tanto os meus por isso nem peço que visites, mas se quiser ler algo antigo, fique à vontade. Quanto aos seus poemas, nem preciso comentar, né?? Beijo, Victória Freitas.

    ResponderExcluir
  3. ESTE É UM DOS MAIS TRISTES QUE TEM, E UM DOS QUE MAIS GOSTO, ENCANTADO, MEU CARO AMIGO.

    ResponderExcluir