Funeral de Chuva
Dia brumal de negra tempestade,
Cúmulos, ecos, tristes ressonâncias...
A chuva geme em flentes dissonâncias,
Gemendo a soluçar, minha saudade...
Penumbras, sombras, turva claridade...
Pela janela, em minhas vigilâncias,
Vejo a passar nas lívidas distâncias
O préstito da minha mocidade...
Memórias e mortalhas que me envolvem...
Meus dias langorosos se dissolvem
Em brumas e fumaças e torpor...
Sombra de chuva, sombra fria e nua,
A chuva passa em préstito na rua,
Gemendo a soluçar a minha dor...
Derek S. Castro
26/27 de Abril de 2012
Magnífico soneto, como sempre, Derek!
ResponderExcluirMuito bom amigo poeta dos sonetos perfeitos ,bom voltar aqui.
ResponderExcluirEstou em falta pelo Recanto,mas logo chego lá.
Meu abraço amigo de paz e luz em cada dia.