quarta-feira, 5 de dezembro de 2018


Mabon

III 

Veste o horizonte o tom crepuscular,
Diluências de outonais vermelhidões...
O ambiente traz a calma singular,
Nos firmamentos, nas imensidões. 

Dos plátanos desprendem-se, a tombar,
As folhas em sonoras multidões;
O solo então parece amortalhar;
Tingido por carnais colorações. 

Os bosques, vales, rios, pradarias,
Afeitos por profundas letargias,
Prostram-se em um oculto saudosismo... 

Expande-se o equinócio sobre a Terra.
O Outono a toda Natureza encerra,
No ciclo de seu grande misticismo. 

Derek S. Castro
Novembro/Dezembro de 2018

*Este soneto faz parte de uma quintologia chamada "A Roda dos Ciclos".

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