quarta-feira, 25 de janeiro de 2012


Réquiem d'Outono

Dos galhos, desprendidas pelos ventos
Caem as mortas folhas pelo chão,
Esparsas aos beirais dos calçamentos,
Em um farfalhejar de solidão...

Dos campanários soam os mementos,
— Sinos a badalar em oração —
Em ressonâncias pelos firmamentos
A cadenciarem tal composição.

Nas curvas desses arcos ogivais,
Mussitam os badalos ancestrais
Dos sinos encerrando mais um dia...

E vejo os secos galhos se entrezando
Em devoção, e as árvores rezando,
A prece divinal d'Ave-Maria!

Derek S. Castro
Janeiro de 2012

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