Mabon
III
Veste o horizonte o tom crepuscular,
Diluências de outonais vermelhidões...
O ambiente traz a calma singular,
Nos firmamentos, nas imensidões.
Dos plátanos desprendem-se, a tombar,
As folhas em sonoras multidões;
O solo então parece amortalhar;
Tingido por carnais colorações.
Os bosques, vales, rios, pradarias,
Afeitos por profundas letargias,
Prostram-se em um oculto saudosismo...
Expande-se o equinócio sobre a Terra.
O Outono a toda Natureza encerra,
No ciclo de seu grande misticismo.
Derek S. Castro
Novembro/Dezembro de 2018
*Este soneto faz parte de uma quintologia chamada "A Roda dos Ciclos".