Funeral de Chuva
Dia brumal de negra tempestade,
Cúmulos, ecos, tristes ressonâncias...
A chuva geme em flentes dissonâncias,
Gemendo a soluçar, minha saudade...
Penumbras, sombras, turva claridade...
Pela janela, em minhas vigilâncias,
Vejo a passar nas lívidas distâncias
O préstito da minha mocidade...
Memórias e mortalhas que me envolvem...
Meus dias langorosos se dissolvem
Em brumas e fumaças e torpor...
Sombra de chuva, sombra fria e nua,
A chuva passa em préstito na rua,
Gemendo a soluçar a minha dor...
Derek S. Castro
26/27 de Abril de 2012