Réquiem d'Outono
Dos galhos, desprendidas pelos ventos,
As folhas cedem à desolação,
Esparsas num sudário aos pavimentos,
Farfalhejando tons de solidão...
Ao fundo, um sino encena os movimentos
De uma crepuscular composição;
É a voz do Outono a sussurrar mementos,
Litúrgicas cadências de oração.
Salmos que a Natureza evoca ao poente,
Ritualizando o funeral luzente,
Do astro solar que se declina ao monte.
Ao véu da escuridão que se acentua,
A noite acende o círio ideal da lua,
Nas aras altaneiras do horizonte.
Derek S. Castro
Janeiro de 2012
Janeiro de 2012
*Reescrito em Julho de 2025.