Réquiem d'Outono
Dos galhos, desprendidas pelos ventos
Caem as mortas folhas pelo chão,
Esparsas aos beirais dos calçamentos,
Em um farfalhejar de solidão...
Dos campanários soam os mementos,
— Sinos a badalar em oração —
Em ressonâncias pelos firmamentos
A cadenciarem tal composição.
Nas curvas desses arcos ogivais,
Mussitam os badalos ancestrais
Dos sinos encerrando mais um dia...
E vejo os secos galhos se entrezando
Em devoção, e as árvores rezando,
A prece divinal d'Ave-Maria!
Derek S. Castro
Janeiro de 2012
Janeiro de 2012