terça-feira, 6 de dezembro de 2011


Nos Braços de Maria

Recordo-me da imagem d'outro dia,
Daquele Cristo lânguido e cansado,
Todo chagado, mole e extenuado,
Caído no regaço de Maria.

Seu esvaído lábio parecia
Dizer o adeus dum jeito sussurrado;
E de Maria, o pranto soçobrado,
Na lágrima mais triste que caía.

Sua cabeça débil sobre o braço
Pendia por cair; e num abraço
Maria olhava os seus olhos sem brilho...

Na comoção divina que se via,
Parecia que o lábio de Maria,
Dava-se a chorar: — Meu Filho! Meu Filho!

Derek Soares Castro

7 comentários:

  1. Oi querido adoro seus poemas!!! Sucesso
    Bjusss

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  2. PARABÉNS PELO POEMA AMIGO......ABRAÇOS.VISITE O MEU TBÉM.... solodapoesia.blogspot.com

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  3. Lindíssima poesia...

    Morte ressuscitada em POESIA...

    as tuas palavras são vida...


    beijo poético

    ana barbara

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  4. Muito belo teu soneto amigo! Traz uma narração perfeita de toda a cena da mãe tendo o filho morto ao colo... Abraço!

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  5. Gosto muito do que escreve, visito sempre no Recanto.
    abraço. Míriam

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  6. Oi, Derek, lhe encontrei por aqui, que bom! Linda composição, como sempre! Parabéns! Saudades de você, menino! Um beijo!

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  7. Ah, preciso dizer isso: aqui vivem seus versos, seus versos, embora falem de morte e cemitérios estão muito vivos, meu amigo! Abraços!

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