quarta-feira, 5 de outubro de 2011

(Cemitério São Sebastião - Rosário do Sul - Foto por Derek Soares Castro)

Jazigo Perpétuo

Por entre esses jazigos funestos,
Que noutrora passávamos rindo...
Hoje quando a passar, vejo-te indo,
Meneando-me o adeus em teus gestos.

E assim, vejo-te longe partindo,
No negror dos sepulcros tão mestos...
Tu deixaste-me apenas os restos,
E o amargor dum pesar tão infindo!

Dessas árvores — esse cipreste,
Dos segredos que outrora me deste,
Ele deve guardar na memória...

Desses túmulos — esse jazigo,
Ele deve guardar, tão consigo,
O romance de nossa atra história.

Derek Soares Castro

* Versos Eneassílabos em Gregoriano Anapéstico (3ª, 6ª e 9ª).

5 comentários:

  1. Nobre.
    Fico feliz por ter aderido ao universo "blogspot". Segui-lo-ei.
    Conheça: "A hora da metamorfose".
    Abrç.

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  2. Grande poeta,seus poemas
    são o mel para meus olhos
    o tinto para meus lábios

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  3. Paz e Amor... Olá amigo, boa noite... vim te fazer uma visita em seu sepúlcro... Somos recantistas...rsrsr

    Linda poesia. "Jazigo perpétuo"... um sonete primosoro...!!! Parabéns amigo.

    Me chamou muito atenção o dia de seu nascimento... Também sou de 13 de Setembro, só que nasci numa quarta-feira... rsrs mas partilhamos os mesmos gostos...!!! Amo a natureza, sou meio anti-social também... adoro estar só com meus pensamentos em contato com a natureza.
    Abraço fraterno amigo.

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  4. Encatada com seus versos! és um poeta e tanto, um grandioso talento resurge nas suas linhas... sou também sua admiradora no Recanto ! Me siga no Blog, se possivel... Beijos

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  5. Amigo...Você deve ser de outra geração... Ao me deleitar com seus escritos, percebo-me num passado distante e áureo, permeado pelas maravilhas dos gloriosos poetas! Você é genial!

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