Jardins de Mármore
Naqueles campos cinéreos, antigos,
Nos corredores mortais, derradeiros,
D'onde a brumosa fatal dos sobreiros
Cobre os umbrosos, silentes jazigos.
Os monumentos em pétreos castigos,
Tão taciturnos, sem vida, sem cheiros!
Tão lacrimosos nos vis nevoeiros
Desses jardins d'esquecidos abrigos.
D'arquitetura dos anjos tristonhos,
Em formas lúgubres, rostos medonhos,
Tão embuçados nos tempos, antigos...
E eu contemplando, passava olvidado,
Dentre os ciprestes; tão triste e cansado,
Na paz perpétua dos mortos abrigos!
Derek Soares Castro
* Versos decassílabos no ritmo Provençal / Gaita Galega (4ª, 7ª e 10ª).
ESTE SONETO ESTÁ ENTRE AQUELES QUE EU CLASSIFICO COMO OBRA PRIMA, TAMANHA BELEZA E TRISTEZA NELE CONTIDA, MARAVILHOSO MEU CARO AMIGO DEREK.
ResponderExcluirlindo!
ResponderExcluirBlog lindo! Acabei de pisar aqui. Derek. Vc poderia escrever algumas outras formas fixas como a terza rima, o indriso etc
ResponderExcluirPerfeito, encontrei seu perfil no recanto quando você comentou em uma das minhas poesias, como disse, me lembra Álvares de Azevedo e seu tom lânguido e mórbido, li várias das suas obras no recanto e posso dizer que todas me impressionaram, gostaria de poder conversar com você, me adissionaria o email?
ResponderExcluirdaniellakellydemelo_dk@hotmail.com
Oi Derek!
ResponderExcluirEstou te retribuindo a visita, e te seguindo, aparece de novo.
Tua poesia é linda, tem uma morbidez própria, aliás tua marca registrada.
http://zilanicelia.blogspot.com/
www.recantodasletras.com.br/autores/zilanicelia
Abrçs