(Cemitério do Horório Lemes - Foto por Derek Soares Castro)
Entendendo...
Recostado à cruz duma sepultura,
À penumbra gelada dum cipreste;
Rememoro dum beijo que tu deste
No semblante feral dessa escultura;
E também me recordo da negrura
Dos cabelos teus — tua negra veste;
— Já me não há mais nada que me reste,
Senão todo o agro fel dessa amargura!
Ouço ainda por esses corredores,
Teus coturnos em passos sofredores,
Lentamente passando, se arrastando...
Junto desses coturnos e esculturas,
Fico olhando por entre as sepulturas,
A lembrança de nós dois, passeando...
Recostado à cruz duma sepultura,
À penumbra gelada dum cipreste;
Rememoro dum beijo que tu deste
No semblante feral dessa escultura;
E também me recordo da negrura
Dos cabelos teus — tua negra veste;
— Já me não há mais nada que me reste,
Senão todo o agro fel dessa amargura!
Ouço ainda por esses corredores,
Teus coturnos em passos sofredores,
Lentamente passando, se arrastando...
Junto desses coturnos e esculturas,
Fico olhando por entre as sepulturas,
A lembrança de nós dois, passeando...
Derek Soares Castro
* Versos decassílabos no ritmo Martelo Agalopado (3ª, 6ª e 10ª).
Meu caro amigo Derek, seu soneto ficou belíssimo, como são todos os seus trabalho, deste seu fã.Sérgio Carvalho.
ResponderExcluirAmei a fotografia. Você não me respondeu se toca mesmo violino...
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